Andei morna

Faz mais de um mês que não escrevo por aqui. É isso é ruim.

A gente costuma ter uma vida tão atribulada, um milhão de projetos em andamento e a gente correndo atrás de todos eles, dando corda pra não deixar nenhum pião parar de rodar. Essa época é a de provas na faculdade, esse era o pião que eu tive que pôr pra girar, girar, girar. Senti-me mal de não andar escrevendo aqui, como se fosse um compromisso que eu estivesse deixando de cumprir.

A princípio, esse blog nasceu da ideia de dividir informações e, principalmente, experiências, quando eu as tivesse para compartilhar. Sem dever de regularidade. Essa ideia brotou num momento iluminado de indignação. Um momento no qual me senti incompreendida. Então criei o blog, para poder dividir as minhas tentativas, acertos e soluções com quem precisasse, não pra eu vir aqui falar do que eu acho do amor, da vida, da ditadura da beleza e de como faremos pra salvar as baleias. (Apesar de eu estar fazendo isso agora.)

O que aconteceu foi que criei o hábito de vir dar "satisfações" dos meus progressos, como para dizer: eu consigo, vamos lá, você também pode. EU TE AJUDO!; e dos meus regressos, para dizer que eu também falho, que também me perco do caminho, mas quando nos propusemos a encontrá-lo a gente consegue. Então, eu tenho uma justificativa. Ainda que não seja plausível, eu a tenho: eu andava morna. Passei sem escrever pq descuidei de mim (nesse aspecto). Sem dar atenção para os meus progressos e regressos. Até que alguém sem querer me desafiou. Daí levantei fervura e transbordei. Lembrei que eu ainda tenho um longo caminho a percorrer e muitas vitórias a conquistar em relação ao meu corpo. E que não há  maneira mais segura e eficaz do que lentemente. Paciência é um grande dom que deve ser cultivado, pois nos faz alcançar grandes metas com apurada precisão.

Cá estou. Não desisti de mim. Espero que vocês não tenham desistido também.

Com 72kg.