sábado, 26 de fevereiro de 2011

Parei de emagrecer! + cetose

Passei as 2 últimas semanas sem perder um mísero grama.

Eu andei fazendo farra, bebi caipirinhas (com açúcar!) e bem que mereci ficar estacionada no peso.
Mas 2 semanas? É muito tempo!

Resolvi fazer o teste que mede a presença de corpos cetônicos na urina. E para minha surpresa (e desespero) deu negativo. Ou seja, eu não estava em processo de cetose/lipólise.

TÁ! Não entendeu nada? Eu explico.

O que a Dieta Atkins propõe é uma mudança metabólica. Com o corte de carboidratos (não mais que 40gr/dia) o organismo desenvolve cetose/lipólise, que é um estado no qual você queima a sua própria gordura (sim, os pneuzinhos) para conseguir energia. Se você está gordo há algum tempo, é provável que você tenha elevados níveis de insulina no sangue.

Lipólise significa "processo de dissolver gordura". Quando consumida metabolicamente, a gordura decompõe-se em glicerol e ácidos graxos livres, estes se decompõem em "corpos cetônicos", do qual resulta um novo ácido graxo (com cadeia carbônica mais curta), que é usado como combustível. Aparentemente, esta é a única trajetória metabólica disponível para a dissolução da gordura. Nesse processo, o corpo libera, pela respiração e urina, cetonas - pequenos fragmentos de carbono.

A Cetose Dietética Benigna é o oposto exato do processo que tornou você gordo (entenda esse processo no post anterior). Além de emagrecer ela dá saúde, distanciando você das doenças enfrentadas pelos obesos. Além do mais, para surpresa dos que não acreditam na dieta, pois não entendem como pode o cérebro funcionar sem glicose, o Dr. George Cahill, professor de Harvard considerado como o mestre eminente da pesquisa das trajetórias metabólicas, responde que os corpos de cetona são o "combustível preferido" do cérebro, ao invés da glicose. O que ocorre é uma confusão entre a CDB e a cetose da cetoacidose diabética. Esta última ocorre em indivíduos cujos níveis de açúcar no sangue que fogem ao controle por deficiência em insulina. A diferença é que o diabético andou consumindo carboidratos e tem nível alto de açúcar no sangue, em contraste com o felizardo que está em CDB. A CDB funciona porque o  corpo produz substâncias específicas para manter e facilitar o processo.


Na urina de quem faz a dieta cetogênica é verificada a presença da Substância Mobilizadora de Gordura (SMG). Se essa substância for injetada em outros seres que não estão de dieta, eles também emagrecem.

Deduz-se que na ausência de carboidratos inicia-se uma sinfonia de mobilizadores de lipídeos natural do corpo. Essa queima de gordura acumulada constitui um mecanismo natural do corpo - o mesmo processo da hibernação -, e o corpo fornece substâncias mensageiras naturais que asseguram que o processo de mobilização da gordura ocorra suavemente e é auto-sustentável. Quando você atinge esse estado em que a mobilização da gordura é sustentada por substâncias capacitadoras transportadas pelo sangue, o processo de perda de peso torna-se indolor e isento de fome.

Assim como no jejum, após as primeiras 48 horas de cetose o corpo suprime a fome e reduz o apetite. Todavia, o jejum prolongado pode ser perigoso e o corpo queima não só gordura para obter energia, mas também proteína. Ou seja, parte dos tecidos musculares magros do corpo. Enquanto na dieta cetogênica alta em proteínas, nenhum tecido magro é perdido, mas apenas o adiposo.

Acho que o maior benefício da cetose é que ela elimina a agonia que sentimos na dieta de baixa caloria em função de fome, de compulsão por carboidratos, etc.
Enfim, estar em cetose é uma bênção metabólica. Quando comecei a sentir que andava com fome e meio compulsiva desconfiei que não estava mais em cetose. Dito e feito: estagnei! Agora é reduzir mais a ingestão de carboidratos por uns 2 dias e esperar a cetose voltar!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Insulina – o hormônio que engorda

*baseado no capítulo 5 de A Nova Dieta Revolucionária do Dr. Atkins

A insulina é um hormônio produzido no pâncreas e que é liberado na corrente sanguínea para controlar os níveis de açúcar no sangue. Esse hormônio é uma das substâncias mais poderosas e eficientes empregadas pelo corpo para controlar o uso, a distribuição e o armazenamento de energia.


O corpo está sempre metabolicamente ativo, e funciona principalmente mediante o uso de glicose (forma básica de açúcar) circulante NO SANGUE, que a necessita, e a obtêm, mesmo em situação de jejum absoluto, convertendo o que puder em neste açúcar, mantendo o nível de glicose dentro de uma faixa normal. Como regra geral, porém, o corpo obtém no alimento seu principal suprimento de combustível: dos carboidratos retira açúcares simples, todos os quais são ou se transformam rápida e facilmente em glicose; das gorduras, absorve glicerol e ácidos graxos, e das proteínas, aminoácidos.


Entretanto, seu corpo não foi feito para lidar com alimentos REFINADOS. Quando você ingere carboidratos seus níveis de açúcar no sangue sobem rapidamente, então o corpo determina, por meio da insulina, quanto dessa energia pura vai usar para as necessidades imediatas e quanto armazenará para futuras necessidades. A insulina converte uma parte da glicose em glicogênio, um amido que é armazenado nos músculos e no fígado e se torna imediatamente disponível para uso energético. Se todas essas áreas de armazenamento estão cheias e há mais glicose do que ele necessita, a insulina converterá o excesso em TECIDO GORDUROSO CHAMADO TRIGLICERÍDEO (os pneuzinhos). Esse é o motivo por que a insulina foi denominada de "hormônio produtor de gordura".

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Dietas e aumento da obesidade mundial

Desenvolvida na década de 60 e publicada em 1972, A Dieta Revolucionária do Dr. Atkins que prescrevia ingestão de gorduras e proteínas sem limites, e corte total de carboidratos, foi duramente criticada pelos médicos, e ainda o é. Segundo estes, a dieta ideal alia a ingestão substancial de carboidratos (cerca de 200gr/dia) a um modesto consumo de gorduras, que devem ser de origem vegetal. Essas dietas, que são as ditas equilibradas, portanto saudáveis, são as largamente indicadas por nutricionistas e endocrinologistas.

Coincidência ou não, as dietas hipocalóricas, que são indicadas por meio da Reeducação alimentar, parecem não estar surtindo o efeito esperado. A epidemia de obesidade mundial atinge números cada vez mais alarmantes.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) registra 1 bilhão de adultos com sobrepeso e aproximandamente 300 milhões com obesidade mórbida, o triplo do registrado há apenas 30 anos.
No Brasil, o Ministério da Saúde informa que mais de 10% da população spresenta obesidade mórbida e 40% está com excesso de peso.

"A obesidade e a má saúde, a irritabilidade e a exaustão, os dias sonolentos e as noites insones, são conhecidas de todos os médicos que tratam os indivíduos de hoje: gordos, desnutridos e sedentários. A obesidade não é uma acumulação acidental de quilos extras, mas um distúrbio metabólico básico estreitamente relacionado com a má saúde. Os princípios em que venho trabalhando desde meus primeiros dias como médico especialista em dieta, porém, dizem respeito a mais do que a perda de peso. Eles envolvem um compromisso com a saúde total- a base metabólica do bem-estar realmente satisfatório." (retirado e adaptado de A Nova Dieta Revolucionária do Dr. Atkins)

Ao contrário do que diz grande parte da comunidade médica, a dieta atkins não é apenas um método eficiente de emagrecimento rápido que, no entanto, prejudica a saúde em função da larga ingestão de gordura. Em realidade, como cardiologista, Robert Atkins visava o tratamento de doenças graves, sendo a dieta parte crucial do tratamento prescrito.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Os livros

Livro lançado em 1972.
Lançado em 1992 com
algumas modificações na
dieta inicial.



domingo, 20 de fevereiro de 2011

A história até aqui...

Minha história com dietas e tentativas de emagrecer é muito antiga. Desde que me lembro já brigava com a balança. Nunca acreditei ser possível estar satisfeita com meu peso, e nessa longa caminhada buscando emagrecer passei por tudo aquilo que muitos gordinhos passam: um milhão de dietas, de nutricionistas, de endocrinologistas, alguns medicamentos, uma ou outra tentativa desesperada de parar de comer, milhares de farras alimentares, etc.

Em diversas tentativas frustradas de emagrecer, eu fui engordando até que em 2003, com 13 anos, atingi os incríveis 87kg, com alguma coisa mais que 1,60m.  Foi quando eu li A Dieta Revolucionária do Dr. Atkins*, livro que apresenta uma proposta irresistível de emagrecer sem fome e sem limite de quantidade a ser ingerida, baseado numa alimentação rica em proteínas e gorduras e com corte total de carboidratos. Eu entrei nessa com tudo.